5 tradições navais da Marinha do Brasil

Tradições navais

Sumário

Conhecer as tradições navais ajuda você a ficar por dentro do que te espera na carreira na Marinha do Brasil.

Afinal, elas contam um pouco da história da instituição, desvendam curiosidades e mostram alguns aspectos da rotina profissional.

Então, na sequência, foram separadas pela Unipré as principais delas para você começar a sentir o clima da MB. Boa leitura!

Surgimento das tradições navais

Para começar, o nome tradições navais se refere a partes do navio e ações que se tornam parte da rotina naval.

Elas surgiram do contato entre diferentes embarcações e na troca de experiências e conhecimentos entre marinheiros.

Embora muitos pensem que a vida no mar fique restrita apenas a uma embarcação, é comum que os navios troquem informações. Assim como, seus tripulantes.

Então, com o passar dos anos, uma linguagem e tradição começou a se formar e a passar de marinheiro para marinheiro.

Dessa forma, esses costumes se tornaram uma forma de unir essas pessoas, mas também de respeito ao ato de servir à pátria a bordo.

Da mesma maneira, eles contribuem para incentivar a vida no mar e o propósito de quem segue essa carreira.

5 tradições navais e curiosidades de bordo

Bom, como você viu, as tradições navais obrigatoriamente passam pelo navio e suas principais partes.

Por isso, seu conhecimento sobre elas começará pela tradição “Conhecendo o Navio”.

Depois, passará por tantas outras que falam sobre cerimoniais, uniformes e até expressões do dia a dia. Confira!

1) Conhecendo o Navio

Antes mesmo do embarque, é o navio que inicia a jornada do marinheiro. Então, o primeiro evento que marca essa relação é o “Batimento da Quilha”.

Essa é uma cerimônia feita no estaleiro e que marca a instalação da primeira peça estrutural da embarcação.

Depois, com o casco construído, ocorre o “Lançamento”. Com o batizado oficial do barco pela sua “madrinha”, ele entra no mar pela primeira vez.

Esse momento ocorria com a popa do navio nas tradições navais mais antigas. Porém, hoje, onde eles são construídos em diques, são as grandes portas que se abrem na hora dos barcos flutuarem no mar.

Já os navios de guerra são fabricados em Arsenais e sua cerimônia é conhecida como “Incorporação” e é parte da “Mostra de Armamento”.

Assim, essa é a hora onde sua armação é apresentada e inspecionada. Então, estando tudo de acordo o navio é entregue com o “Livro do Navio”.

Também vale a pena você saber que a embarcação, ao fim da sua vida ativa, é desincorporada na cerimônia de “Desincorporação” e “Mostra de Desarmamento”.

Nesse momento também é fechado o “Livro do Navio”, que vai para a Diretoria de Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM).

Futuramente, esses livros poderão ser usados por historiadores, por exemplo.

2) A Gente de Bordo

Essa é uma das tradições navais que determina a estrutura e hierarquia do navio. Assim, ela é composta por:

  • Comandante;
  • Tripulação (divida no Imediato e Oficiais e na Guarnição).

Dessa forma, o Imediato coordena a execução das ordens do Comandante junto a Guarnição a aos Oficiais.

Então, é ele que gerencia as atividades administrativas da embarcação.

3) Uniformes

Em terceiro lugar, Oficiais, Suboficiais e Sargentos utilizam as mesmas roupas para o serviço ou trabalho a bordo.

O uniforme costuma ser paletó ou dóimã com calça ou somente camisa e calça. Além disso, eles usam um boné.

Para distinguir Oficiais e Suboficiais usam-se os galões de platina que são colados nos ombros, punhos ou golas, dependendo da ocasião.

Sargentos, Cabos e Marinheiros utilizam divisas nos braços. Já os Marinheiros-recrutas, Aprendizes e Grumetes não usam esse acessório.

4) Cerimonial de Bordo

Existem diversos cerimoniais que fazem parte da rotina a bordo. Porém, um dos mais importantes e clássicos é o “Saudar Pavilhão”.

Esse cerimonial deve ser feito com uma continência ao Pavilhão Nacional, na popa, das 8h até o por do sol.

Então, esse ato é feito ao entrar a bordo pela primeira vez e ao sair pela última vez no dia.

5) Expressões corriqueiras

Por fim, também faz parte das tradições navais o uso de linguagem específica. Entre os termos utilizados estão:

  • “Safo”: para demonstrar que tudo está bem, dentro do esperado;
  • “Onça” ou “pegar”: quando algo está errado, demorado ou difícil;
  • “Safa onça”: dita em uma emergência resolvida;
  • “Rosca fina” ou “Voga picada”: se refere ao superior que é exigente com as normas e tarefas;
  • “Voga larga”: é o contrário, sendo o “chefe mais tranquilo”.

Quer saber mais sobre as tradições navais?

Então, gostou do que aprendeu aqui? Saiba que existe muito mais sobre as tradições navais a aprender.

Para isso, basta acessar o site da Marinha do Brasil e ler na íntegra todas elas. Afinal, quanto mais conhecimento da rotina e tradição, mais preparado você fica para conquistar sua vaga.

Bom aprendizado e até breve!